Monografia (TCC)


O trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade acadêmica obrigatória que sistematiza o conhecimento sobre um objeto de estudo relacionado ao curso. Esse é desenvolvido sob orientação e avaliação docente em forma de monografia, artigo científico ou relatório final de estágio, a critério dos professores, orientadores e coordenação do curso de graduação.

MonografiaA palavra monografia, segundo Severino (2002), se aplica a um tipo de trabalho científico. A monografia é um trabalho que aborda um único assunto, com um único problema, obedecendo a um tratamento específico. 

É um trabalho escrito resultado do estudo científico de um tema específico. Essa deve ser o resumo do resultado das leituras, observações, críticas, experiências e reflexões feitas. Essa síntese pessoal demonstrará a capacidade de análise, de síntese e da produção do pesquisador.

A construção da monografia contribui para o desenvolvimento intelectual do aluno, coopera com o avanço do conhecimento científico, pois dá possibilidades para o aluno construir seu conhecimento através de pesquisa, investigação, leitura e escrita, mostrando novas abordagens teóricas e práticas nas várias áreas do saber.

A escolha do tema, uma vez bem definida, tende a proporcionar bons resultados na pesquisa científica. O assunto sobre o qual iremos discorrer nos instiga a retomar alguns conceitos abordados por meio do texto “Pesquisa científica: interesses e motivações

Por excelência, a escolha do tema, por mais que estejamos conscientes de tal decisão, é uma tarefa que costuma ser um pouco árdua. Esta temível realidade se define pelo fato de que a escolha que você fez pode ter sido a de outrem, e daí aquele questionamento parece rondar a todo instante: será mesmo que a temática escolhida terá alguma (ou nenhuma) relevância? A importância de se optar por um tema com o qual você se identifique; Fazer algo que nos proporciona prazer.

Seguir, sobretudo, os comandos proferidos pelo professor que irá orientá-lo (a) durante o tempo que você estiver desenvolvendo seu trabalho. Compartilhar junto às ideias de autores que também deram a contribuição necessária ao campo científico, ou seja, que trataram acerca do tema em questão. Necessário uma boa escolha, a qual lhe proporcionará a sustentação suficiente para a revisão da literatura. Fato é que as fontes de consultas, mesmo porque com o advento dos recursos tecnológicos, encontram-se ao nosso inteiro dispor, mas é preciso que saibamos filtrá-las, pautando assim nas informações confiáveis, seguras, haja vista a necessidade de obtermos a credibilidade por parte do público leitor. Dessa forma, ler é essencial, contudo, questionar-se a todo o momento promove a impulsão indispensável para novas descobertas. Descobertas essas que envolvem também o convívio com outras pessoas, tais como colegas de curso, professores de outras áreas, enfim, profissionais que já possuem um pouco mais de experiência, sem se esquecer do orientador, obviamente.

A palavra “metodologia” partem da ideia relacionada ao “como fazer” para que se atinja o produto final, digamos assim. Dessa forma, entre todas aquelas etapas a serem conquistadas mediante o conhecer de um dado fenômeno, ela, a metodologia, “atua” demonstrando sua efetiva parcela de contribuição, haja vista que esse método, uma vez bem definido, proporciona ao pesquisador aquela orientação tão importante quanto necessária, que o permite traçar hipóteses, liderar melhor (coordenando as investigações), realizar experiências e, sobretudo, interpretar os resultados. Se tratando, primeiramente, de um projeto de pesquisa, a metodologia deve responder a quais etapas serão traçadas, preferencialmente dispostas em ordem cronológica, numeradas, especificadas, comportando, pois, todos os passos a serem desenvolvidos. Assim, esse planejar nos faz dar conta de que há uma previsibilidade do tempo gasto, dos recursos, inclusive os financeiros, a serem utilizados – o que irá culminar na elaboração de um cronograma cujas etapas se tornarão passíveis de se cumprir, contribuindo para que a execução do trabalho se dê de forma plena.Pontos que preponderam na elaboração de métodos:
Tendo em vista os objetivos ora propostos, torna-se pontual determinar quais os tipos de pesquisa que serão necessários para atingir tais intentos e assim chegar aos resultados; # Acerca das abordagens metodológicas, quais delas serão utilizadas: qualitativa, quantitativa? # De quantos pesquisadores se comporá a pesquisa e quais serão eles? # Instrumentos para a coleta de dados também farão parte dos propósitos firmados, assim, quais serão eles: gravadores, questionários, formulários? Como se dará esse coletar? Por meio de entrevistas, por meio de observações? # Apontando acerca dessa técnica de observação, qual será a população a ser analisada, e mais: qual o contingente que irá compor a amostragem para que não haja uma grande disparidade na tabulação dos dados?

O primeiro passo é compreendermos que enquanto na monografia existe a possibilidade de se esmiuçar um determinado assunto, estendendo-o em vários capítulos, no artigo científico tal aspecto não prevalece.

Como se trata de um texto que prima pela concisão dos dados apresentados, ele precisa passar por um critério rigoroso de correção, no sentido de verificar a estruturação dos parágrafos e frases, garantir a clareza e objetividade retratadas pela linguagem, entre outros. Não deixando de mencionar que num artigo, o revisor precisa estar livre para se posicionar frente ao objeto de análise, levando em consideração alguns aspectos voltados para a análise dos argumentos apresentados, checagem do valor científico atribuído ao texto em questão, verificação da possibilidade de se tornar público (estar disponível a outras pessoas), confirmação da possibilidade de abertura a possíveis reavaliações em função de novas descobertas e, consequentemente, apresentação de melhores resultados, etc.
Elaborar sua monografia descobrirá pontos relevantes que o permitirão desenvolver habilidades, tais como: a de sintetizar suas ideias frente ao contexto científico, a de selecionar de forma concisa e ao mesmo tempo precisa as fontes bibliográficas que lhe servirão de apoio, bem como a de avaliar melhor os dados coletados e apresentar os resultados obtidos, entre outros aspectos.

Para que possamos discorrer de forma significativa sobre o assunto ora em questão, façamos uma breve retomada acerca das características inerentes ao texto dissertativo. Nele, uma delas, senão a principal, é a argumentação, manifestada de forma a convencer o interlocutor a respeito das ideias ali retratadas. Assim sendo, ressalta-se que tal argumentação precisa estar calcada em algo que lhe sustente, ou seja, em algo concreto, real, coerente, com vistas a conferir a credibilidade necessária ao leitor. Essa tomada de posicionamento por parte de quem pesquisa significa, sobretudo, a prova cabal de honestidade, uma vez que citando as palavras de um determinado autor ele demonstra que não são de propriedade dele, que apenas serviram de sustentabilidade ao que estava dizendo. Prova disso é que quando se tratar de uma reprodução fidedigna, as ideias devem vir demarcadas entre aspas ou em itálico. Como pode acontecer também de o pesquisador optar por retratá-las através de um discurso indireto. Neste caso, ele se utilizará da paráfrase, que é o mesmo que dizer algo com outras palavras (2003, p. 76): “[...] é importante lembrar que é impossível um trabalho sério sem citações, ou melhor, é impossível ‘partir do nada’. Porém, cabe advertir que um trabalho científico não pode constituir mera cópia ou paráfrases. Ele pressupõe uma reflexão própria”.  
SOARES, Edvaldo. Metodologia científica: lógica, epistemologia e normas. São Paulo: Atlas, 2003.

Em se tratando dessa última afirmação, fazendo referência à reflexão própria, torna-se relevante ressaltar que as citações não substituem a redação do texto científico. Dessa forma, de nada adianta o pesquisador fazer de seu texto um mero aglomerado de citações, assemelhando-se a uma colcha de retalhos se nele não contiver seu posicionamento frente ao assunto discutido. Consoante a esse aspecto, outros pontos também devem ser levados em conta – considerados pertinentes para Azevedo (1998, p. 120). Entre eles se destacam:
* A incorreta demarcação feita entre as ideias do autor e o autor ao qual faz referência (citado), impossibilitando o leitor de fazer a respectiva identificação das “vozes”.
* Impropriedade no que tange a documentação utilizada, demarcada pela inexistência, falta ou incorreção das fontes utilizadas;
* Ausência de diálogo com as fontes utilizadas, usadas muitas vezes somente para validar, dar crédito, ao pensamento dos autores citados – fato esse que comprova inabilidade do pesquisador em dosar seu posicionamento aliado ao posicionamento de outrem.

Mediante tais pressupostos, cabe ainda enfatizar que além da elaboração prévia, realizada com base em critérios predefinidos, sobretudo no que diz respeito à escolha da temática a ser trabalhada, formulação do problema, determinação de objetivos, justificativa, fundamentação teórica, metodologia, coleta de dados, análise e discussão destes, conclusão dos resultados e a redação propriamente dita (englobando a habilidade requerida pela modalidade escrita da linguagem), essa transcrição, da qual tanto falamos, precisa estar de acordo com as normas regidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas).
De acordo com os propósitos do pesquisador, ele terá de definir o método de coleta de dados a ser empregado, como também os instrumentos de medida a serem utilizados na pesquisa.

Existem à disposição dele diferentes métodos, tais como a observação de documentos, a informação dada pelos próprios sujeitos, seja por meio da oralidade (entrevista), seja pela escrita (questionário).
Partindo desse pressuposto, propomo-nos a abordar acerca das características de dois deles – a coleta bibliográfica e a documental.  A primeira, indispensável a qualquer pesquisa científica, fornecerá os conhecimentos teórico-empíricos os quais nortearão o trabalho desenvolvido. Assim, ao mesclar as ideias por você defendidas juntamente com aquelas inerentes a autores diversos, você terá a oportunidade de compactuar ou não com os posicionamentos firmados. Algumas medidas devem ser tomadas ao fazer uso da coleta bibliográfica, levando-se em conta alguns aspectos, como:
Produzir o trabalho a partir do maior número possível de material bibliográfico publicado;
- Procurar se ater somente àqueles trabalhos que dizem respeito ao tema por você explorado, ou seja, compartilhar com ideias que realmente sejam pertinentes;
- Ampliar a pesquisa, fazendo uso não somente de livros técnico-científicos, mas recorrer também a outras fontes;
- Se possível, utilizar material somente de primeira mão, de modo a evitar o uso  do apud, o qual equivale a “citado por”, consequentemente revelando um material de segunda mão.

Já a coleta documental é realizada por meio de materiais que ainda não receberam tratamento analítico, como, por exemplo, documentos oficiais, reportagens, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações, entre outros – considerados de primeira mão. A análise também pode ser feita naqueles documentos considerados de segunda mão, tais como relatórios de pesquisa, tabelas estatísticas, relatórios de empresa, entre outros casos    

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